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11-Quintina Diniz de Oliveira Ribeiro

Nascida em Laranjeiras a 18 de junho de 1878 e falecida em Aracaju, a 22 de julho de 1942. Filha de Dr. Victor Diniz Gonçalves e de D. Maria Petrina de Oliveira Gonçalves.
Iniciou-se na carreira do magistério em Laranjeiras, ainda adolescente, no colégio dirigido por sua mãe, D. Elisa. Assumiu o colégio aos 18 anos de idade. Mudou-se para Aracaju, fundando aqui o primeiro colégio para moças, em 1906. Era o Colégio Santana, que fora fundado em Laranjeiras, em 1849, pela professora Possidônia Bragança e, posteriormente, dirigido por D. Elisa e D. Quintina Diniz de Oliveira Ribeiro.
O Colégio Santana funcionava na rua de. Maruim, 224, tendo encerrado suas atividades em 1941, por motivo de doença da sua fundadora, que não encontrou quem a substituísse.
Além do seu próprio colégio, D. Quintina Diniz foi catedrática da cadeira das disciplinas Pedagogia e Psicologia na Escola Normal Rui Barbosa, sendo querida das alunas que recebiam com entusiasmo as lições de vida que emanavam da sua personalidade.
D. Quintina nunca se casou, mas foi a mãe intelectual de milhares de jovens a quem educou, além das sobrinhas, filhas de irmãos falecidos, a quem ela substituiu tanto na subsistência como na educação e no amor.
D. Quintina era extremamente simples. Habitava o quarto mais humilde da sua casa, junto da cozinha, onde havia apenas duas camas, um guarda-roupa e uma mezinha de cabeceira. Uma das camas era ocupada por sua sobrinha mais nova, Marizete, a quem ela criou desde os quatro anos de idade.
D. Quintina vestia-se sempre de linho branco.
Era uma educadora inata. Para ela não havia aluna rebelde. A todas dobrava pelo amor. Jamais bateu em alguém. Dizia que pancada nunca educou. (Depoimento de Marizete Diniz Gonçalves)
Além de professora, D. Quintina era poetisa lírica e mística, oradora e política. Quando falava, empolgava a Assembleia. Foi a primeira mulher a eleger-se deputada em terras de Sergipe, tendo sido o seu nome lançado para a Assembleia Legislativa pela Sociedade Brasileira Para o Progresso Feminino, fundada pela Dra. Bertha Lutz e dirigida em Sergipe pelas doutoras Cezartina Regis e Maria Rita Soares de Andrade.
Eleita deputada, D. Quintino destacou-se na Assembleia tanto pela oratória como pelas posições acertadas que tomava.
É quando a mulher vota pela primeira vez elege uma sua correligionária como deputada e ainda lhe promove uma grande homenagem como prova o convite extraído de O Correio de Aracaju, de 11/12/1934:

"A Grande Homenagem da Mulher à Deputada Profa. Quintina Diniz de Oliveira Ribeiro:
Organizada pela Federação Brasileira pelo Progresso Feminino e pela União Universitária Feminina, terá cunho inédito, entre nós, a homenagem da mulher à primeira sergipana que recebeu a honra dos sufrágios dos seus conterrâneos para o exercício de um mandato político. Segundo estamos informadas constará do programa um grande banquete, no qual tomará parte o escol das nossas patrícias, repre­sentantes de todas as classes sociais. A lista de adesões está na sede dessas associações feministas, à Rua São Cristóvão 74, onde assiste e dá consul­tas a advogada Maria Rita. Dado o conceito, dada a respeitabilidade e a real influência social da homenageada, a conhecida mestra de várias gerações femininas, o banquete que as nossas patrícias lhe vão oferecer revestir-se-á de desusada elegância e raro brilho."

A mulher dá os primeiros passos em busca da liberdade, do direito de ser gente, de participar de todos os segmentos da sociedade. Não foi de mão beijada que veio o direito de voto feminino. Já naquela época haviam sido fundadas a Sociedade Feminina e a União Universitária Feminina, lideradas pela extraordinária mulher, Dra. Bertha Lutz, que batalhavam pelos direitos da mulher. Sergipe não deixou por menos. As mesmas instituições aqui foram fundadas por mulheres de vanguarda. E é a Sociedade Feminina e a União Universitária que vão lançar um Manifesto à mulher sergipana em prol da candidatura de uma mulher à Câmara de Deputados. Veja, na íntegra o Manifesto, publicado no Correio de Aracaju de 13/10/1934:

 MANIFESTO

A Federação Brasileira pelo Progresso Feminino e a União Universitária Feminina orientadas pelos espíritos superiores das Drs. Bertha Lutz, Carmem Portinho e Maria Luiza Bitencourt, com sede no Rio de Janeiro, e irradiação por todo o território nacional, que não fazem política partidária nem defendem interesses pessoais, animadas pelo ideal superior de assegurar à mulher posição definida na sociedade, com responsabilidade próprias e capacidade integral de assumi-las, por uma educação moral, intelectual e doméstica conforme as necessidades gerais e a evolução social hodiernas, tendo de sustentar os seus princípios na próxima Constituição Estadual e precisando, para fazê-lo eficientemente de uma sua represen­tante no seio dessa Assembleia, vêm concitar todo o eleitorado feminino do Estado e todos aqueles eleitores que não julgam que o voto da mulher foi consignado em lei só para aumentar o quociente eleitoral dos homens, a sagrar nas urnas o nome da única mulher candidata – a professora D. Quintina Diniz de Oliveira Ribeiro.
Fazendo-o, por suas delegadas sub firmadas, não podem deixar essas Associações de lembrar às eleitoras conterrâneas que devem colocar aci­ma de qualquer interesse, de toda conveniência pessoal, familiar ou par­tidária, os interesses superiores da mulher, que são os do Brasil – as reivindicações morais e jurídicas hu­manas, sem distinção de sexo nem de classes, na defesa intransigente da sua legenda: Deus, Pátria e Família.
Bem sabem as signatárias des­te manifesto que estão a exigir um sacri­fício de muitas das suas companheiras, exigem-no, entretanto, com a convicção de serem atendidas, pois este será, para cada uma, apenas uma parcela a. mais na soma dos muitos com que toda mu­lher, da mais humilde a mais elevada, escreve o poema incógnito da sua vida, exigem-no ainda, com responsa­bilidade moral para fazê-lo, dando o próprio exemplo de sacrifício pessoal que de nenhuma outra será maior do que das que este subscrevem.
Ouvi, pois, eleitoras e eleitores sergipanos.
Pela mulher, para a mulher e com a mulher. Vote na professora Quintina Diniz de Oliveira Ribeiro para Deputada à Assembleia Estadual Constituinte.
a) Maria Rita Soares de Andrade e Cezartina Regis, pela Federação Brasileira pelo Progresso Feminino e pela União Universitária Feminina.

Observe quem assina o Manifesto: duas mulheres notáveis, duas outras pioneiras sergipanas: Maria Rita Soares de Andrade e Cezartina Regis, a nossa primeira farmacêutica.
A deputada Quintina Diniz de Oliveira Ribeiro foi recebida na Assembleia Estadual com saudação do deputado Antônio Manoel de Carvalho Neto que assim se expressou:

“Entrai, deputada Quintina Diniz de Oliveira Ribeiro. Esta As­sembleia vos recebe com o maior respeito. Todos sabem que as suas palavras ecoam evangelicamente nos lares sergipanos”...

O ano de 1935 foi muito difícil para a vida política sergipana. A eleição para preenchimento de uma vaga na Assembleia Nacional tumultuou o Estado. Além disso, a reação do Governo Estadual aliado ao Governo Central contra a oposição e mais a Intentona Comunista fizeram de Sergipe um campo de represálias políticas com cassações de deputados, prisões até de pessoas que nada tinham a ver com a ideologia marxista e que eram apontados como tais, pelos integralistas. É neste ambiente tenso que um representante do jornal A Nação, enviado pelo órgão a Sergipe, entrevista a deputada Quintina Diniz. 
Vejamos parte do texto da entrevista:
Interrogada sobre a situação política do Estado, respondeu: “A situação é anormal, mas não posso acreditar que se acentue este estado de coisas e que o patriotismo ceda lugar à violência e o desrespeito à justiça”. Indagada sobre o seu progra­ma, assim se expressou: “Contribuir com o meu esforço para que o meu Estado seja dotado de um Estatuto condigno, inspirado no Direito que rege as democracias. Coerente com o meu Partido e com o meu chefe, o deputado Leandro Maciel, atuarei, entretanto, mais como sergipana do que mesmo como elemento do Partido”. Perguntando-lhe o repórter se não receava a perturbação da ordem pública, respondeu: “Não, porque considero a justiça mais forte do que a violência e, tanto quanto a justiça, a vontade sobera­na de Sergipe de entrar na ordem constitucional”. O repórter lançou, então a última pergunta, uma espécie de desafio: – Comparecerá então às sessões da Assembleia? Respondendo, afirmou: “Com todo o júbilo cívico de brasileira e orgulho incon­tido de sergipana”. Do Correio de Aracaju – 1935.
“Realmente, nunca faltou a uma sessão”. Depoimento da professora Leyda Regis.

Quintina Diniz – A MestraQuem não conheceu no pequeno Estado de Sergipe o nome de Quintina Diniz? A histó­ria de sua vida encheria um livro, mas ressaltemos aqui apenas os traços principais que a caracterizaram.
Raramente uma criatura reúne tantos dotes e virtudes como soube reunir Quintina Diniz: Mestra – devotada até o sacrifício. Educadora – inigualável. Alma magnânima, subli­me, como jamais pôde alguém superá-la. A sua vida inteira foi toda de abnegação e sacrifícios. Bem jovem ainda, aos quinze anos de idade, indo em companhia de sua genitora passar uma temporada na fazenda de seu irmão Pedro Diniz Gonçalves, como não houvesse, então, escola naquelas redondezas resolveu ela, ensinar aos filhos daqueles pobres operários e isto o fez com o maior desprendimento. E de que maneira procurava ela atrair aquelas crianças em volta de si, despertando nelas o desejo de aprender! Motivos superiores, porém obrigaram-na a deixar em pouco tempo aquele lugarejo para continuar a sua missão na pequena cidade de Laranjeiras. Era então médico dali o Dr. Antônio Militão de Bragança, grande amigo da nossa família e filho da saudosa D. Possidônia de Bragança, senhora de raras vir­tudes e que por muitos anos exercera o magistério com verdadei­ra abnegação. Já quase cega, ainda mantinha o colégio a que dera o nome de Sant’Ana e não se conformava em deixar de ensinar senão com a condição de ser substituída pelas filhas de uma de suas mais caras alunas: D. Petrina Diniz.
Foi o Dr. Bragança encarregado de transmitir esta mensagem à D. Petrina Diniz e às suas filhas, tendo sido logo atendido o desejo da velha mestra. E foi assim que o Colégio Sant’Ana pôde ter existência de quase um século, vindo somente a desaparecer quando desapareceu também a sua maior estrela: Quintina Diniz. Educadora de muitas e muitas gerações que, sempre lhe souberam tributar verdadeiro culto de respeito em admiração.
Uma passagem que faço questão de registrar aqui, como demonstração do que era Quintina Diniz e que me foi narrada por pessoa fidedigna: Viajava num desses trens suburbanos, quando acidentalmente me avistei com uma das antigas alunas de D. Quintina Diniz, passando ela a relatar comigo pequenos episódios do Colégio Sant’Ana, onde ela estudara também na Escola Normal, quando teve como uma de suas professoras D. Quintina Diniz. Em breves, mas entusiásticas palavras, traçou a a figura incomparável da mestra que foi D. Quintina Diniz e terminou dizendo: Muitas vezes, eu e minhas colegas, nas nossas pequenas palestras, fazíamos a apreciação de cada um dos nossos mestres, tendo sempre para eles elogios, porém também críticas, mas para tia Quintina só louvores tínhamos a lhe fazer. Tia Quintina, era assim que lhe chamavam todas as alunas do colégio, acompanhando às sobrinhas que ela tinha como filhas.
Tendo mantido por quarenta e sete anos um colégio, morreu pobre, tendo deixado como único bem a casa em que terminou o renomado colégio-educandário, verdadeira escola de formação moral das moças de Sergipe. E não podia deixar de ser assim, pois Quintina Diniz jamais negou a alguém uma esmola, muito menos a da instrução.
Era naturalmente retraída e de uma modéstia excessiva, procurando ocultar sempre os seus predicados. Muitas vezes, numa reunião mais íntima da família, instada para que recitasse alguma coisa ela o fazia com seus próprios versos, mas se alguém demonstrava interesse em conhecer o autor ela desviava habilmente a conversa ou dizia não se lembrar do nome.
Espalhava benefícios a mancheias, ocultando sempre de todos o que fazia.
Em 1934 o Partido UDN pediu-lhe consentimento para apresentá-la como candidata à Assembleia Constitu­inte, vindo a ser, assim a primeira mulher sergipana a figurar no poder Legislativo do Estado. Para assinar o termo de posse, foi-lhe oferecida pela mulher sergipana uma caneta de ouro.
Em 1941 aposentou-se da Escola Normal com tempo integral. Poucos meses depois, a 22 de julho de 1942, cercada de todos os carinhos dos sobrinhos e amigos veio a falecer aquela que na terra teve a vida de uma santa e que se chamava Quintina Diniz. O seu enterro foi uma verdadeira apoteose. As maiores homenagens lhe foram tributadas. A Escola Normal e todos os colégios se fizeram representar. Todos os jardins de Aracaju e mesmo de algumas cidades, como Estância, Laranjei­ras e outras se despojaram de suas flores para homenagear Quintina Diniz. O povo acompanhava o cortejo com o maior respeito e veneração. As casas de comércio fecharam as suas portas, a fim de prestarem também a sua homenagem, enquanto que, quase toda pobreza de Aracaju aguardava no cemitério com o mais profundo respeito e pesar aquela que havia sido a sua grande protetora.
(Página escrita por Sylvia de Oliveira Ribeiro Diniz Gonçalves, sobrinha da biografada, colhida do álbum de lembran­ças da família Diniz Gonçalves, gentilmente cedido por Petrina e Lavínia, também sobrinhas de D. Quintina.)

Quintina Diniz – A Poetisa
Mística é a poesia de D. Quintina. Na sua simplicidade nunca declarava serem seus os versos que decla­mava. Dizia sempre que eram de um autor desconhecido. (Depoimento de Petrina e Lavínia de Oliveira Ribeiro, sobrinhas da biografada). Assim, seus poemas perderam-se. Conseguimos apenas estes versos dedicados à Senhora Santana, patrona do seu colégio:

Contemplai Sant’Ana,
No seu sólio nobre
De mestra, nos cobre
Seu manto de amor.
Nas asas do incenso
Voemos felizes
E ao pé do seu trono
Cantemos louvor.

Contritos saudemos
A mestra querida
Que a estrada da vida
Com fé nos conduz.
O livro sagrado
Em que lê Maria
Será nosso guia
Será nossa luz.

Afinai a lira
Corte celeste
O Templo reveste
Sublime esplendor.
As virgens na Terra
Entoam hosanas
Saudando a Sant’Ana
Com o mais puro amor.

E a voz da inocência
Em puros dulçores
Revelam amores
Em sons divinais
E aos doces harpejos
Qual força celeste
Sua alma promete:
Pecar, nunca mais.

Outro hino a Sant’Ana:

Solo
Bendita seja Sant’Ana
Sant’Ana mãe de Maria,
Terna avó de Jesus Cristo
Dos anjos, dos anjos alegria.

Coro
Viva Sant’Ana
Mãe de Maria
Sant’Ana mestra,
Nossa Alegria
Quem toma Jesus por guia
Não teme a morte tirana
Terá sempre por santelmo
A gloriosa Sant’Ana.
Aceitai Sant’Ana mestra
As flores do coração
Ofertadas pelos crentes
Sob vossa proteção

Estes hinos foram extraídos do álbum de família em poder de D. Petrina e D. Lavínia de Oliveira Ribeiro, que me permitiram copiá-los. Foram transcritos no álbum por Sílvia de Oliveira Ribeiro, também sobrinha de D. Quintina.

O Colégio Sant’Ana – um grande educandário – Encerrou suas atividades o tradicional Colégio Nossa Senhora Santana que por espaço de quase um século prestou à mocidade feminina sergipana os mais relevantes serviços. Fundado na ve­lha e gloriosa cidade de Laranjeiras, em 1849, pela provecta profes­sora Possidônia Maria de Santa Cruz Bragança, teve para logo o cunho familiar que aquela “Montessori” sergipana lhe imprimira. A educação pelo amor. Durante 50 anos a fio foi esse educan­dário dirigido por aquele grande espírito de educadora que soube formar várias gerações e cujas impressões ainda hoje perduram como uma memória venerável por todos os títulos.
Em 1898, sem solução de continuidade, passou o colégio a ser dirigido pelas professoras D. Elisa Diniz de Oliveira Ribeiro e D. Quintina Diniz de Oliveira Ribeiro. Transferido para esta capital, ficou desde 1906 sob a direção exclusiva de D. Quintina, que lhes manteve inalterável a tradição gloriosa que trazia. Fizeram parte do seu corpo docente os renomados professores: maestro Manuel Baiense, Laura Pizzi, Petrina Ribeiro Bonfim, Clotilde Machado, Sílvia de Oliveira Ribeiro, Judith de Oliveira Ribeiro, Lavínia de Oliveira Ribeiro, Maria de Marsilac Mota, Dulce Teles de Menezes, Noêmia de Faro Leal, Eudóxia Sampaio, Abigail Machado e Ana da Rocha Brito.
Por muitos anos a veneranda senhora D. Maria Petrina de Oliveira Diniz exerceu o cargo de diretora de educação doméstica, mestra das mais gratas recordações de finura de trato, de carinho de mãe que deixou no coração de todas as duas dirigidas.
Fechando o Colégio Santana abriu-se uma lacuna muito sensível nos meios pedagógicos educacionais de Sergipe.
Com este ligeiro registro que fazemos queremos apenas prestar uma homenagem muito justa àquela sementeira viva de virtudes morais, cuja semente, plantada por mãos abençoadas, foi árvore frondosa que deu sombra agasalhadora e frutos sazonados. (Nota de jornal da época, Correio de Aracaju).

COLUNA DA SAUDADE Causou geral consternação o falecimento de D. Quintina Diniz de Oliveira Ribeiro, na noite de 22 do pretérito, deixando a mais grata recorda­ção a todos que tiveram a ventura de privar da sua afetuosidade.
Ainda perduram aos nossos ouvidos os gritos de lamentos dos que choram a sua ida para mundos ignorados, perdendo Sergipe uma de suas maiores filhas, bem assim a ciência pedagógica uma sábia, e a sociedade um dos seus belos ornamentos.
O seu mérito, nesse grande problema de educadora, dispensa comentários. Quando da Assembleia Legislativa, representante que foi PSD, os seus pares políticos reconheceram as virtudes cívicas de que era portadora.
Sempre buscou da bondade a expressão mais pura e generosa para confortar os inditosos. Nesse ambiente de sãos e infatigáveis ensinamentos que lhe douram o nome, viveu indiferente aos preconceitos e discriminações sociais.
Em suma, sua vida foi exemplo de mestra que se impõe na nobre missão de virtudes e bondades e por isto é que o Educandário Jackson de Figueiredo lamenta a sua perda e depõe na lousa uma lágrima, envolta num punhado de saudade. (Assuma – Correio do Colegial – 22/08/1942).

Do livro "A MULHER NA HISTÓRIA" de Maria Lígia Madureira Pina.
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Projeto Personalidades Sergipanas




Em 29 de maio de 2014, às 14 horas, o Museu-Palácio Olimpio Campos, seguindo o projeto Personalidades Sergipanas, homenageou Quintina Diniz de Oliveira Ribeiro. Foi uma tarde dedicada a lembrar uma mulher laranjeirense, que deixou grandes exemplos durante sua vida. O trabalho foi segundo seus apresentadores, baseado no livro A MULHER NA HISTÓRIA de Maria Lígia Madureira Pina. 

Laranjeirenses lotaram o salão de eventos, ex-prefeitos ( a Coordenadora da mesa Maria Ione Macêdo Sobral foi prefeita da cidade ) professores, vereadores, muitos conhecendo aspectos da vida de Quintina Diniz pela primeira vez. A deputada Ana Lúcia Vieira Menezes falou sobre a época de Quintina como primeira deputada estadual em Sergipe. Neide Santana descreveu a biografia. Paulo Meneses Leite explorou a parte histórica de Quintina e de outras mestras que se destacaram na cidade laranjeirense. Emerson Maciel Santos ficou com a parte poética de Quintina Diniz, também declamando algumas poesias. E José Franco Filho falou sobre a  mulher na política da cidade, citando tantas outras que vêm galgando degraus neste segmento da sociedade, mas ainda, dominado pelos homens. 
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Em 18 de maio de 2017, Quintina Diniz foi homenageada  através do Projeto ''As mãos que bordam os dias",  no Corredor Cultural da Secretaria de Estado da Cultura, juntamente com Zizinha Guimarães (Eufrozina Amélia Guimarães) e Maria Lígia Madureira Pina.