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quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

ACADEMIA LITERÁRIA DE VIDA: LUGAR DE REENCONTROS

  


 Distanciam-se alguns anos daquela década de 1970. Distingo como os anos correram céleres, contudo, jamais esquecerei meu tempo de normalista, era assim, que a sociedade identificava as alunas da Escola Normal Rui Barbosa ou como queiram do Instituto de Educação Rui Barbosa - IERB. Na época ali estudavam apenas meninas, os rapazes ingressaram naquele modelar estabelecimento de ensino bem depois, por isso a escola perdeu a graça fulgente. A instituição está em declínio, quem ali estudou acompanha os seus últimos momentos. A Escola Normal foi o único estabelecimento de ensino público, que fez de suas alunas agente multiplicador da educação em Sergipe. Formou algumas centenas de professoras para ensinarem na capital e nos mais longínquos municípios. 
  Se fizerem uma enquete, por certo identificarão que as professoras do ensino fundamental que já se aposentaram ou estão se aposentando, são egressas da Escola que fez história na área pedagógica do estado.  Nas formaturas de final de ano os mestres se mostravam felizes por entregar mais uma turma de normalistas. Entre esses professores estava a profissional Yvone Mendonça de Souza, uma diretora que vivia em função da Escola. 
  O tempo passou ingressei na Faculdade particular e lá reencontrei minha querida professora Yvone. Ah, que alegria seria aluna da mestra que sempre se destacava pelo porte elegante e acima de tudo pelo ensino de português, ação que fazia com verdadeira maestria, para mim foi um presente de céu reencontrar e consequentemente aprender com a mestra. Quando professora Yvone entrava na sala de aula todos ficavam silentes, em respeito a alguém que dominava o idioma pátrio como poucos. Todos queriam aprender a falar bem, ter a pronúncia e a elegância da mestra. As aulas de português eram as mais esperadas, a redação com temas diversos era muito explorada, depois ocorriam às revisões do conteúdo em sala de aula, em casa, todos estudavam para obter a melhor nota, havia empenho da turma, pois os alunos queriam passar por média.
  Aqui, expresso o meu contentamento de neste final de tarde, 1º de dezembro de 2013, quando já se divisa o ocaso, deleitar-me na honra de reencontrar a amada mestra. Receba, portanto estimada professora Yvone Mendonça de Souza, meu afeto e consideração sempre. Enfim, esterno as suas confrades, mulheres aguerridas que construíram com denodo a Academia Literária de Vida, na pessoa da não menos querida mestra Lígia Pinna, professora de gerações, minha admiração. Reencontro também com alegria a valiosa colega das lides da comunicação neste Estado, Shirley Rocha, e através destas últimas personalidades saúdo com afeto todas as acadêmicas deste sodalício. 

Sandra Natividade, para reunião da ALV- 01/12/2013.